Nom todas as mortes “violentas” de mulheres som “violência de género”
Esta sentência com a que intitulo esta minha entrada nesta bitácora, vem a raiz do assassinato de María del Carmen Martínez, a quem os falsimédios apressentarom como a viúva do ex-presidente da CAM (Caja de Ahorros del Mediterraneo), Vicente Sala, e mesmo alguns qualificárom-na ou quantificárom-na como a ‘rainha viúva’ de Alacant, dadas as boas e intensas relaçons que esta família (nos seus tempos de esplendor) mantivera com a família real espanhola, das que destacam que seus contatos eram fluidos e contínuos cada vrão nos seus barquinhos de vela com o mar alicantino de fundo.
E escrevo isto tras constatar que esta notícia (bom mais bem as ligaçons às publicadas nos diversos falsimédios) tiverom alta repercussom nas redes sociais; se bem esta nom se pode considerar nada doutro mundo dado o colaboracionismo de muita gente á hora de pulir e compartilhar as notícias “top ten” ou “trending topic” desses mentideiros.
Mas o que me acaparou muitíssimo a minha atençom ao caso foi ver como era compartilhada por algumhas mulheres (conhecidas minhas) envolvidas na luita feminista; mas sem nenhum comentário do porquê de tal compartilhamento e tal ajuda a pulir ditas informaçons; o que me levou a pensar (igual estou errado) em que foi umha açom espontânea polo feito de que a assassinada era umha mulher e que sua morte foi violenta.
E é entom quando me retornam algumhas perguntas ao respeito da separaçom de sexos e/ou generos binária e dual que só admite certas “diversidades funcionais” (ou “desviaçons” dessa dualidade) e que fai que um bo número de mulheres tomem posicionamentos questionáveis a prol desses teorias que ubicam a todas as mulheres (explotadoras e explotadas) como vítimas da sociedade patriarcal e da sua intrínseca violência.
E como quando se fala das vítimas inocentes dumha guerra e os falsimédios apontam nessas listagens, junto a crianças e pessoas idosas, a todas as mulheres sem excepçom; como se as atuais guerras fossem só coisas de homes (como o desaparecido “brandy soberano”). Isso sim, quando há conhecemento de que nessas guerras há brigadas armadas de mulheres, entom estas se passam a ser heroinas e nos seus panegíricos e/ou epitáfios deitam sua carga de vítimas moi longe para passar a ser motivo de orgulho feminino internacional.
A eterna dualidade home-mulher defendida polas culturas ocidentais eurocentristas como algo irrenunciável está a ser questonada desde há tempo polo ativismo queer que denúncia que essas diferências nos organos sexuais e de gênero tenhem tanto sentido como se essa diferência dual estivera constrita a pessoas altas/baixas; gordas/flacas; olhos claros/obscuros... Desde esta perspectiva queer de seguro que ninguém, que se auto-considere anti-capitalista puliria numha rede social a morte violenta dumha empresária como se fosse violência de género (independente de que quem lhe disparou os dois tiros seja alguém vissibilizado como home).
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